quarta-feira, 2 de maio de 2012

Como heroína.

Você é como droga pra mim, eu sei que eu não posso, sei que vai me fazer mal, sei que não posso contar pra ninguém e que isso não é certo...mas quando você aparece, eu não consigo dizer não.
É como um vicio, você é minha heroína, vou pra reabilitação e sumo por meses, até que você finalmente resolve aparecer, me liga e eu atendo, eu sei o que vem depois mais simplesmente não consigo ignorar o  fato de que eu adoro falar com você, te tenho por uma ligação, me faz feliz por uma ligação...e quando a gente desliga, é como se eu tivesse novamente te perdido, revivo aquela sensação ruim de término de namoro, fico vazia e preciso de mais uma dose sua.
Isso não é saudável, eu sei, mais a atração que você exerce sobre mim é forte demais, e um período fora, por mais longo que seja, não é o suficiente pra me manter seguramente afastada quando você resolve que precisa falar comigo - ou me ver. Eu sei que eu só tenho uma alternativa pra me livrar disso, já que eu não tenho a força de vontade necessária pra fazer isso sozinha...eu preciso de uma droga mais forte.

Uma droga que não me ame apenas, mas que me ame a ponto de querer ficar só comigo. Assim, como um casal de verdade e não fingindo um amor impossível.
Por que de impossível o nosso amor não tinha nada, nada a não ser a sua vontade de abraçar o mundo e todas as mulheres dele e me manter ali, segura em uma redoma de vidro pra poder me pegar depois que cansasse e assim fingir gostar da vida a dois por mais alguns dias, ou semanas, quem sabe. 
Mas agora, sabe, tudo mudou e até a posição das pessoas a nossa volta, eu sei que quando o amor é forte, nada mais importa...ninguém importa, mais pra isso tem que ser forte dos dois lados. Eu não vou enfrentar o mundo sozinha de novo, bater de frente com todo mundo pra ficar do seu lado e você tirar o corpo fora, mais uma vez. É simplesmente impossível ignorar o fato de que isso aconteceria novamente.
Então, eu fico aqui tomando doses constantes de você, até conhecer uma droga mais forte ou morrer de overdose de uma vez. 

É triste, sádico, egoísta e absurdo, mas sim, é a verdade.

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