segunda-feira, 21 de maio de 2012

Vinte e um.

Hoje esta sendo diferente, meu primeiro aniversário diferente. É a primeira vez que eu faço aniversário e não me sinto feliz, nem um pouco. Eu sei que se eu não estivesse fazendo aniversário, seria um sinal de que eu estaria morta, e não é bem isso que eu quero..
Acho que todas as pessoas deveriam comemorar seus aniversários um dia antes, não sei porque, mais me fez bem.
Não sei se é porque eu estou fazendo 21, não sei se é porque hoje é segunda-feira e eu estou numa ressaca desgraçada de bebidas e de sentimentos, só sei que eu estou me sentindo perdida, um verdadeiro lixo.  Estar aqui só piora tudo, eu não gosto dessas paredes e não gosto dessas pessoas; na verdade eu ODEIO essas pessoas de um jeito que eu nunca pensei que fosse possível, e o ódio realmente faz mal.
Sabe aquela sensação de não ter certeza? Não ter certeza se você está fazendo a coisa certa, se você está no lugar certo. Meus únicos dias felizes são as sextas e os sábados, de preferência a noite. A noite porque é quando eu estou com as pessoas que eu gosto, em um lugar que eu gosto e ouvindo as músicas que eu gosto, não deixa de ser o meu trabalho, é claro, mais eu sou feliz lá. Então o que eu faço pra mudar o que eu vivo durante a semana?
E tem também o coração. Estou dividida entre a culpa e a dó, e a incerteza e as borboletas no estômago. Como eu posso deixá-lo assim, largado e com medo....mas eu também não posso voltar e me prender de novo aos mesmos erros, pois seria a terceira vez. Como eu posso fingir que eu não dou a mínima? Eu não posso, eu não consigo.

São tantos sentimentos misturados, mais o que pode definir exatamente o que eu to sentindo agora é melancolia. Eu não queria estar sentindo isso, não queria que nada disso estivesse acontecendo, não queria que meu dia/semana estivesse começado dessa maneira. Ficou tudo tão triste onde era pra ser felicidade que eu nem sei...não posso colocar a culpa em ninguém, sei que grande parte disso foi por minha causa, fui eu quem não soube levar, desde o começo.  Eu sei que eu posso muito provavelmente ficar louca, e talvez eu já esteja, mas eu to com uma vontade incontrolável de sair correndo e me enfiar embaixo do meu edredom e dormir, só dormir. e esquecer. Meu Deus, o diabo sempre vem pra mais um drink, mesmo.

Então esse são meus vinte e um anos. Realmente não é como eu esperava que fosse, mais nem por isso eu posso deixar que me abale. Sei que eu não to conseguindo, e com certeza hoje minha noite vai ser na cama, e minha tarde na lamentação, mas o amanhã, o amanhã eu já não sei.

Feliz Aniversário pra mim!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Um debate.

Hoje eu resolvi falar sobre algo diferente. Um assunto que até eu levei um tempo para abordar comigo mesma.
Venho observando o comportamento de algumas pessoas ao meu redor, aquelas das quais eu convivo diariamente, não por gosto, é claro. Depois de observar, questionar, ler e comparar eu cheguei a triste conclusão: A sociedade é deprimente.
Por se tratar de um assunto bem complexo, deixarei claro antes mesmo de seguir com os fatos de que tudo que eu falarei aqui diz respeito a MINHA opinião, e a MINHA forma de ver a vida.
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Temos visto cada vez menos pessoas com atitude e opinião própria, o que por outro lado, por esse mesmo motivo, fez com que as pessoas assim que ainda restam no mundo, tenham uma convicção gigantesca daquilo que pensam e querer, e que se tornem cada vez mais fortes na defesa de seus pontos de vista. O que mostra o que é mais bonito na contradição.
Meu histórico de vida trás várias fases diferente, onde frequentei lugares diferentes com pessoas diferentes, mas que mostra claramente que eu não fui feliz em nenhuma delas. Sempre tive facilidade de adaptação, porém isso não significa que eu me sentisse bem, muito pelo contrário, nunca consegui me sentir parte de algum grupo, nunca me identifiquei com os padrões que essa sociedade hipócrita e machista defende, nunca fui feliz tendo que seguir um padrão de comportamento pré concebido, tanto por parte da minha família, da escola onde eu estudei e dos lugares onde eu trabalhei. Nunca entendi bem o porque disso tudo, o que fez com que eu vivesse de uma maneira que ninguém entendia (nunca fiz questão que entendessem) e cada vez mais maluca. As pessoas que gostaram de mim, foi justamente pelo fato de eu ser diferente disso tudo, mesmo que elas e nem eu mesma entendesse bem o que isso significava.
Hoje vivemos em um meio onde o que importa são as roupas que você veste, as coisas de marca que você tem, o carro que você anda e a música que você escuta. Você não temos a liberdade de escolha, você é manipulado todos os dias e nem sequer percebe. As pessoas são fúteis e cegas demais pra se livrarem de tudo isso.
Os caras só te dão valor de você for magra, tiver peito e bunda e for burra. Pois eles mesmos são tão burros e machistas que não conseguiriam manter um relacionamento com uma mulher no mínimo inteligente. Pra você ter valor pra eles, você tem que rebolar, tirar foto de biquíni mostrando o máximo possível, e ser burra o suficiente pra ouvir uma "música" que denigra a sua imagem, dançar ela e ainda postar no seu facebook. Um verdadeiro absurdo.
O povo tá alienado, e os poucos que restam estão se revoltando cada vez mais.

Eu quero se se fodam os padrões, os machistas, os políticos, as burras, os empresários filhos da puta e capitalistas. Que passam por cima dos nossos direitos e da nossa liberdade sem se importarem, que humilham e pisam em cima  sem se preocupar com os sentimentos. Eu fugi de um lugar desse, de uma prisão cheia de pessoas infelizes, sem vida, que viviam em função de dois desgraçados hipócritas e ricos. Um lugar onde eu não tinha direito, não tinha liberdade de expressão, e era proibido pensar. Sim, porque todo mundo que pensou, foi embora, assim como eu, e confesso, foi um dia muito feliz. É claro que tudo tem consequência, mais sabe o que eu fiz? mandei todas pro inferno, vivi e vivo muito bem, obrigada.

Então, o mundo que eu vivo hoje é lindo, cheio de pessoas livres, que lutam para abrir os olhos de todos pra esse sistema em que vivem como ratos presos pra sempre em uma roda. São pessoas independentes que se vestem do jeito que que querem, pensam e existem, fazem cada dia valer a pena, pois vivem intensamente e lutam por aquilo que acreditam. São fortes, remam contra a maré e dão valor pras pessoas de verdade. Não, não damos a mínima pro que os outros pensam.
Aliás, não dou a mínima mesmo, e adoro ver a cara de horror dessas menininhas padronizadas quando eu passo por elas de shorts, meia rasgada, camisetas loucas e sorriso no rosto, sim pois liberdade é ser quem você é, e enxergar a real desse sistema e governo, e ir contra tudo isso.
Tá na hora de acordar, de espalhar a verdade, de mostrar que você estão todos sendo controlados. Acreditam em mentiras, doam dinheiro para falsas instituições, e esperam sentados por uma benção que nunca vai vir. A apatia é uma das grandes pragas hoje em dia, é o que impede que as pessoas abram os olhos e lutem, e batam de frente.

E se for assim, só vamos morrer mais rápido.




quarta-feira, 2 de maio de 2012

Como heroína.

Você é como droga pra mim, eu sei que eu não posso, sei que vai me fazer mal, sei que não posso contar pra ninguém e que isso não é certo...mas quando você aparece, eu não consigo dizer não.
É como um vicio, você é minha heroína, vou pra reabilitação e sumo por meses, até que você finalmente resolve aparecer, me liga e eu atendo, eu sei o que vem depois mais simplesmente não consigo ignorar o  fato de que eu adoro falar com você, te tenho por uma ligação, me faz feliz por uma ligação...e quando a gente desliga, é como se eu tivesse novamente te perdido, revivo aquela sensação ruim de término de namoro, fico vazia e preciso de mais uma dose sua.
Isso não é saudável, eu sei, mais a atração que você exerce sobre mim é forte demais, e um período fora, por mais longo que seja, não é o suficiente pra me manter seguramente afastada quando você resolve que precisa falar comigo - ou me ver. Eu sei que eu só tenho uma alternativa pra me livrar disso, já que eu não tenho a força de vontade necessária pra fazer isso sozinha...eu preciso de uma droga mais forte.

Uma droga que não me ame apenas, mas que me ame a ponto de querer ficar só comigo. Assim, como um casal de verdade e não fingindo um amor impossível.
Por que de impossível o nosso amor não tinha nada, nada a não ser a sua vontade de abraçar o mundo e todas as mulheres dele e me manter ali, segura em uma redoma de vidro pra poder me pegar depois que cansasse e assim fingir gostar da vida a dois por mais alguns dias, ou semanas, quem sabe. 
Mas agora, sabe, tudo mudou e até a posição das pessoas a nossa volta, eu sei que quando o amor é forte, nada mais importa...ninguém importa, mais pra isso tem que ser forte dos dois lados. Eu não vou enfrentar o mundo sozinha de novo, bater de frente com todo mundo pra ficar do seu lado e você tirar o corpo fora, mais uma vez. É simplesmente impossível ignorar o fato de que isso aconteceria novamente.
Então, eu fico aqui tomando doses constantes de você, até conhecer uma droga mais forte ou morrer de overdose de uma vez. 

É triste, sádico, egoísta e absurdo, mas sim, é a verdade.